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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Arminianismo X Calvinismo


É muito grande o debate na internet sobre o calvinismo e o arminianismo. Achei interessante este texto abaixo e resolvi postá-lo aqui no blog. Gostaria de saber a sua opinião. Afinal, você é Arminiano ou Calvinista? Deixe o seu comentário.
Quanto a mim, sou Arminiano.

Jacó Armínio (James Arminius, Jacob Harmenszoon; 10 de outubro de 1560 – 19 de outubro de 1609) foi um teólogo neerlandês que sistematizou a predestinação restrita. A partir de 1603 também foi professor de teologia na Universidade de Leiden.

Armínio era um distinto pastor e professor holandês, cuja formação teólogica havia sido profundamente calvinista. De fato, boa parte de seus estudos ocorreram em Genebra, sob direção de Theodore Beza, o sucessor de João Calvino nessa cidade. Voltando aos Países Baixos, ocupou um importante púlpito em Amsterdão e logo sua fama se tornou grande. Devido a sua fama e ao seu prestígio como estudioso da Bíblia e da teologia, os dirigentes da igreja de Amsterdã lhe pediram que refutasse as opiniões do teólogo Dirck Koornhet, que havia atacado algumas das doutrinas calvinistas, particularmente, no que se referia à predestinação. Com o propósito de refutar Koornhert, Armínio estudou seus escritos e dedicou-se a compará-los com as escrituras, com a teologia dos primeiros séculos da igreja e com vários dos principais teólogos protestantes. Surge a predestinação restrita mais ocasionada pelo livre-arbítrio humano, do que ocasionada pela vontade soberana de Deus. Diverge, portanto, da predestinação incondicional (calvinista) que ensina que a salvação humana depende de uma "eleição absoluta e soberana" - que depende exclusivamente de Deus: a vontade do homem fica excluída.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Jacó_Armínio

Crer na predestinação e no livre-arbítrio não é um contra-senso (1)

Na Palavra de Deus temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. A Palavra de Deus também não apresenta uma livre-escolha humana, como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos.
Os extremos nesse assunto são maléficos, propalando ensinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconseqüente à soberania de Deus no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta e procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconseqüente à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.

O perigo da prevalência do raciocínio humano

Somos salvos não por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer para Deus, mas pelo que Jesus já fez por nós, uma vez para sempre. Há muitos tendo a salvação dependente de suas obras, obediência, conduta, santidade, etc. Não é de admirar que os tais caiam e não se levantem, e que quando pequem duvidem da sua salvação.
Conquanto pareça incoerente e irreconciliável que algo predestinado por Deus admita livre-escolha ou livre-vontade, não é porque não entendemos algo, ou entendemo-lo apenas em parte, que deixa ele de existir.
No caso da predestinação e da livre-escolha, no tocante à salvação, a tendência humana é rejeitar uma ou outra. Entretanto, um exame atento e livre de preconceito da Palavra de Deus mostra que, através da obra redentora de Jesus, Deus destinou de antemão (predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17; Is 45.22; 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2; 1 Tm 2.4). De acordo com João 12.32, todos podem ser atraídos a Cristo. Mas não são todos que seguem a Cristo.
Os predestinalistas — seguidores de João Calvino — dizem que o homem, decaído como está, no seu estado de depravação total, é incapaz de fazer livre-escolha concernente a sua salvação, pois está incapacitado espiritualmente para isso. Segundo essa teoria, Deus elegeu uns para a salvação, comunicando-lhes também a fé. Os demais, não-escolhidos, estão perdidos. Isso equivale a dizer que Cristo morreu apenas pelos “escolhidos”.
Do raciocínio acima decorre outro: que a graça de Deus é irresistível, isto é, não pode ser recusada por aqueles a quem Deus escolhe salvar. Segundo o predestinalismo, a salvação é um decreto divino, e a conversão é simplesmente o início da execução desse decreto. O termo “decreto” é extraído de textos como Romanos 8.28.
Afirmam também os predestinalistas que a vida eterna em Cristo é um dom de Deus, e que uma vez recebida não pode ser jamais perdida em conseqüência de qualquer ato ou determinação da vontade humana. E que se, de fato, o crente nasceu de novo, está eternamente salvo. Caso venha a desviar-se, comprometerá, sim, o seu galardão, mas jamais perderá a sua salvação, nem cairá em apostasia. É como alguém que, estando a bordo de um avião, navio ou trem, escorrega e cai, porém continua a bordo.
Dizem que o crente salvo “está escondido com Cristo em Deus” (Cl 3.3), e que o Inimigo jamais o achará, nem jamais o arrebatará dessa posição. Em abono dessa predestinação fatalista, os predestinalistas citam textos como João 6.37; 10.28,29; Romanos 8.28-30; Efésios 1.4,5; 2 Tessalonicenses 2.13; Eclesiastes 3.14; Filipenses 1.6; 1 Pedro 1.2; e Apocalipse 17.8 — mas sem interpretá-los à luz de seus respectivos contextos imediato e remoto.
Proceder como acima exposto é adaptar a Bíblia ao raciocínio humano; ou seja, ao modo humano de pensar, como se a Palavra de Deus dependesse de argumentos humanos. Mas ela não afirma que Cristo morreu apenas pelos eleitos. Ele morreu por todos (1 Tm 2.4,6; 1 Jo 2.2; 2 Pe 3.9; At 2.21; 10.43; Tt 2.11; Hb 2.9; Jo 3.15,16; 2 Co 5.14; Ap 22.17). O falso ensino de que o Senhor teria morrido apenas pelos eleitos pode conduzir a um desinteresse pela evangelização, haja vista Deus já ter escolhido os perdidos que vão para o inferno.

A irrefutabilidade do livre-arbítrio

Qualquer pessoa que crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos em Cristo (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14, vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o evangelho apenas uma pequena parte crê em Cristo e o segue.
Deus elegeu a si um povo chamado Igreja, e não indivíduos, isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de Deus; não somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se, na Igreja, como Corpo de Cristo, alguém individualmente se desvia, e não volta, a eleição da Igreja não se altera.
De igual modo foi a eleição de Israel. O Senhor elegeu aquele povo para si; não indivíduos de per si. É tanto que milhares de israelitas se desviaram, porém a eleição de Israel, como povo, prosseguiu.
A livre-escolha do homem é uma realidade inconteste. A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. Deus oferece a salvação e, mediante o seu Espírito, convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo. O homem aceita a salvação ou rejeita-a (Is 1.19,20; Js 24.15; Dt 30.19; Jo 1.11,12; 3.15,16,19; Ap 22.17; Lc 13.34; At 7.51; 1 Rs 18.21; 1 Tm 4.1; 2 Cr 15.2; Mc 16.16; Hb 2.3; 3.12; 12.25).
Não existe graça irresistível. O homem através dos tempos tem resistido a Deus, por suas incredulidade e rebeldia (At 7.51; 1 Ts 5.19; Pv 1.23-30; Mt 23.37; 2 Pe 2.21; Hb 6.6,7; Tg 5.19). A ação do Espírito Santo no pecador, para que se salve, é persuasiva, e não compulsória (2 Co 5.11).

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

Fonte: Blog do Ciro

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