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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Teologia da Prosperidade e as indulgências modernas



No último dia 31 de outubro celebrou-se os 495 anos da Reforma Protestante, momento em que o monge católico Martinho Lutero publicou na Alemanha 95 teses que, em suma, combatiam as famigeradas indulgências, que era uma prática corrente da igreja governada pelo papa.

Lutero insurgiu-se contra a ideia, difundida pelo vaticano, de que era possível adquirir a salvação por meio das  obras, especialmente, por meio do dinheiro doado à igreja. O Reformador compreendeu que a salvação é pela graça por meio da fé ( Rm.1:17; Ef.2:8). O fato é que àquela época era comum as pessoas darem dinheiro à igreja para garantir a entrada no céu, não apenas para si como também para aqueles que já tinham partido desse mundo.

Infelizmente hoje, quase cinco séculos depois, observo com pesar que muitos igrejas, se é que podemos chamá-las de igreja, estão reproduzindo as famigeradas indulgências com uma roupagem moderna. Fala-se mais em dinheiro do que em salvação em determinados púlpitos. Condiciona-se a benção de Deus à quantidade de dinheiro que se dá à igreja, "quem dá mais é mais abençoado", ou ainda na linguagem de certo fundador "ou dá ou desce". 

Diante de tamanha heresia eu vejo a reprodução da situação que Lutero vivenciava no século XVI. Sob pena de perdermos o verdadeiro Evangelho de vista precisamos também nos levantar contra esta doutrina que tem afastado as pessoas do amor de Deus e as aproximado de Mamon, o deus do dinheiro. Precisamos de nova reforma. E ela virá por meio da pregação do genuíno Evangelho nos púlpitos de nossas igrejas. Ela virá da proclamação da graça de Jesus que é suficiente para a nossa salvação.

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